quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"Longa-Metragem

No cenário desta vida tudo se encaixa
Menos eu...
Me sinto perdida entre espaços
Vazios que preenchem minha alma
Incógnita invariável
Personagem secundário
O tempo vai passando, ninguém se importa
As cenas passam... vai e volta
Flashes para uma estrela que não brilha
Falas para uma personagem esquecida
Roteiros para uma vida sem sentido
Uma atriz num palco vazio
Platéia feita de sonhos
Aplausos que ecoam na mente...
São as batidas do meu coração!
Percebo que tudo é ficção
A vida é um ensaio
Os fatos são imaginários
Medo de fracassar...
Onde está?
Onde está o ator principal?
O mocinho que mata o bandido
O herói que resgata sua amada
O guerreiro que salva uma nação
Não sei...
Só sei que continuo aqui
No cenário da vida
Onde nossas histórias são filmadas
E quem sabe no fim desse filme
Apagam-se as luzes
Fecham-se as cortinas
E eu me torne para o ator principal
O que hoje ele é
Para uma mera figurante.


- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

domingo, 4 de novembro de 2007

"Você"

Você é o sol no meu amanhecer
É a lua no meu anoitecer
É o cobertor a me aquecer
Nas noites mais frias do meu ser.

Você é o sorriso na minha alegria
Os melhores momentos do meu dia
Meus sonhos, minha fantasia
Uma doce calma que me contagia.

Você é o olhar que me cativa
O abraço que me aquece
A luz que me ilumina
Quando meu mundo escurece.

Você é o amor, a alegria
O motivo que me leva a viver
Pois certamente agora descobri
Que não sou nada sem você.


- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

"Amor"

Como pode se explicar o amor?
Às vezes tão belo, às vezes tão triste
Por vezes louco, por vezes rude
Incompreensível, inexplicável
Verbo sem conjugação
Palavra sem comparação
Gesto sublime, passo em falso
Dor expelida por uma lágrima
Tráz alegria, deixa tristeza
Chuva de verão, noite sem luar...
Um sentimento puro e tão tirano
Torna-se o amor um elemento insano?
Um menino inocente
Um adolescente rebelde
Um adulto valente
Pode o amor transformar
Um cordeirinho em um leão!
Como pode se explicar
Tudo o que o amor faz?
Um dia ama, outro dia odeia
E muda de cor tudo o que nos rodeia
Amor fraco, amor forte
Um dia nasce, um dia morre.

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

sábado, 27 de outubro de 2007

"Canção de Ninar"

Quando deito pra dormir
Ouço uma voz a ecoar
Numa linda melodia
Minha canção de ninar.

Fecho os olhos e adormeço
Perco os sentidos, desfaleço
E você vem me visitar
Minha canção de ninar.

Vejo seu rosto, sinto seu toque
Seus olhos a me observar
Beijo seus lábios, sinto sua pele
Minha canção de ninar.

Agora, toda noite fico a esperar
Que você apareça nos meus sonhos
Pra me visitar
É só fechar os olhos pra ouvir a ecoar
Sua voz no meu ouvido
Minha canção de ninar.

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

"Separação"

De repente os caminhos se separam
O amor por si
E cada um para o seu lado.
Lembranças acompanham corações apaixonados
Machucados... quase sem razão
Pensamentos revirados
Jogados pelo chão
Poesias, fotografias, retratos de uma ilusão.
O que dizer do amor enamorado
Que há pouco estava ao nosso lado?
Talvez falso, talvez eterno, talvez sincero...
Mas agora nada mais somos
Que filhos do tempo, escravos do destino
Dois corpos em um mundo
Onde há tantos perdidos
Procurando suas partes
Pedaços de si mesmos
Que complete suas almas
Tornando-os inteiros...
Talvez para sempre ou apenas um momento
Talvez por uma vida ou até eternamente.

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados


domingo, 7 de outubro de 2007

Seus Olhos

“Seus olhos tão lindos
Tão límpidos, tão azuis
Me envolve, me cativa
Me atrai, me seduz...

O que haverá por trás destes olhos?
Um mar de segredos
Um rio de convites
Uma cachoeira de desejos
Beijos submersos, cortejos...

Seus olhos, tão lindos
Tão vivos, tão convidativos
Incomparáveis, inesquecíveis
Olhos que me afoga
Num oceano de prazeres...

O que acontecerá
Quando nossos olhos se encontrarem?
Terra e mar, vão naufragar
Pobrezinhos dos meus olhos
Não vão querer mais voltar.”

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

domingo, 16 de setembro de 2007

"Perdi..."

Perdi...
Perdi meu ego
meu instinto
meu sorriso

minha carteira

minha coragem

minhas chaves

meus sonhos...

Perdi as vontades

as ilusões

a bolsa

a consulta médica

o anel

o verão...
Perdi o tempo

o desalento

o ônibus
a alto estima

o celular

você.


- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

sábado, 15 de setembro de 2007

"Você se importa?"

Fecho os olhos, vou até as estrelas
Minha alma está sozinha
Você se importa?

O vento sopra, as folhas caem

Minha alma ainda está sozinha

Você se importa?

O sol nasce, a chuva cai

Um novo arco-íris surge

Não sinto meu corpo

Você se importa?

É difícil enxergar com outros olhos

É difícil pegar com outras mãos

E você não está aqui

Eu não estou aí

Onde estou?

Você se importa?

Eu não.


- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

"Hoje"

Hoje a chuva caiu mais forte
O coração não bateu como de costume
O sol não raiou, a lua não brilhou
As flores não exalaram seu perfume.

Hoje tudo parecia não ter cor
Do doce não se sentiu seu sabor
Da lágrima não se sentiu sua dor
O minuto, com a hora se passou...

Hoje a tristeza sorriu pela primeira vez
A alegria chorou pela primeira vez
E com o vento, tudo se desfez
Como a areia da praia levada pela água
Como uma canção nunca antes cantada.

Hoje, somente hoje, tudo se acabou
Nada mais existe, eu não mais existo
Pra você que existiu pra mim...
Uma lenda se criou, um mito se inventou
Uma breve história de amor.

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados

"Quero falar sobre mim"

Quero falar sobre mim
Sobre minhas alegrias e tristezas
Sobre minhas dúvidas e certezas
Sobre o que se passa dentro de mim
Sobre tudo...

Quero falar sobre mim
Sobre minhas lástimas e desilusões
Sobre meu silêncio e as decepções
Sobre o que eu sou e ninguém vê
Sobre nada...

Quero falar sobre mim
E quem sabe assim
Eu consiga ser mais transparente
Tentar entender o que só é aparente
E tudo que compõe meu ser.

- Janna Kovacic -
Todos os direitos autorais reservados